Diário : Diary
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24 de março 2017
Pára-me de repente o pensamento
Pára-me de repente o pensamento
Como que de repente refreado
Na doida correria em que levado
Ia em busca da paz, do esquecimento…
Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado…
Pára e fica e demora-se um momento.
Pára e fica na doida correria…
Pára à beira do abismo e se demora
E mergulha na noite escura e fria
Um olhar de aço que essa noite explora…
Mas a espora da dor seu flanco estria
E ele galga e prossegue sob a espora.
de, Ângelo de Lima
28 maio 2017
Regresso sempre aos meus lugares, sejam físicos, artísticos, ideológicos, sensíveis, mentais. Porque só aí encontro algum conforto para minha existência. Por vezes é preciso estar só com eles.
Absorver-lhes a essência, que é sempre infinita, e na minha passagem agradecer por toda a dádiva, que é ínfima como tudo em mim.