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ENTROPIA_2013
No início houve uma explosão, derivada de uma energia possivelmente latente e as partículas dissiparam-se e expandiram. Sendo a desordem, o estado de evolução de todas as coisas, pois todas as coisas tambémcontêm em si, essa energia latente, qual será o fim, afinal?Este projecto não segue uma linha conceptual definida, persegue uma ilógica vivencial. Uma espécie de vórtice. Procura desfazer osemaranhados e encontrar sentidos, num percurso incerto, olharesdispersos, lugares comuns, pessoas que passam ou ficam. Por vezes desgastados e abandonados, os ambientes sucedem-se como o tempo na memória.

 

Performance_2015
Mergulho no silêncio.
Procuro a natureza que liga e separa... a luz que desfaz... as paisagens nos retalhos.
O limite da compreensão quando nos é retirado o referencial.
O esperar que o imaginário opere.
Podia fazer um livro só com uma imagem, há imagens a mais. E encaminhar a leitura numa breve performance de olhar.
Este livro é um palco negro e no centro dois corpos.


 

Atmosphere_2015
A atmosfera reflecte uma certa tonalidade, que transcende a zona mais visível e dizível, retém forças internas e cria campos energéticos, emana a essência do estado das coisas.
Neste pequeno livro, para além de um certo pesar atmosférico, há paralelamente, uma leveza estranha, que se prende à imaterialidade.

Hiddeen_2015
Apago partes das imagens de forma a que se vejam melhor.
Deixo que o erro actue, desfaça e dilua as fotografias em subtis sensações.
Por vezes cubro-as de uma leve névoa branca acrílica, ou retalho-as e formo novas composições.
Vejo as minhas fotografias pelo avesso. As palavras são como cristais, fragmentam-se em imagens.
Varro á passagem os lugares, quase todos têm nome, identifico-os no meu mapa, e retorno.
O corpo é uma caixa estranha.
O preto e branco, o tempo perdido, os borrões e partículas parasitas nas imagens.
Gosto de sítios terminais, de objectos deixados para trás, despossuídos.
Atrai-me a Incongruência.

Declinação_2016
Imagens refractárias do desenquadramento.
Não há ajustamento possível.
Este livro ensaia a morte.
Não a morte que não conheço, mas a que estreita e encerra a vida na sua passagem.
Morre-se a cada momento,
sob a finura da luz, para que no silencio do negro, se aflore a nitidez.
Começa-se a morrer a cada momento que se nasce.
Num olhar, num abraço, num caminho.
O medo dos seres perante finitude.
E toda a luz reflectida que nada absorve ou guarda, na singeleza do nada, onde pontualmente algo se revela, para logo se esconder.
Por um lado a desorientação perante aquilo que é vivencial, por outro, a busca de uma simplicidade despossuída e fugaz.

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